Participação: DCAs e Vocacionados
Dirigência: Acompanhantes das Extensões
xxx
Preliminares:
Este
texto será repassado para todos os Discípulos que caminham nas Fraternidades
Cristã e Ministérios do DJC, em preparação para a Celebração da Opção
Fundamental por Jesus dentro do DJC, logo após o Encontro de Espiritualidade da
Irmanação. Tem em vista a conscientização sobre o que é fazer uma caminhada
discipular no DJC, com a clara opção fundamental e compromisso de dar passos
concretos conforme o MEAD e orientações dos Discipuladores.
Desta
forma, estamos concluindo a sistematização do trabalho de evangelização do DJC,
como movimento que existe na Igreja para formar discípulos de Jesus.
Mesmo
que já tenham feito esta opção fundamental, é bom que os DCAs revejam o
conteúdo, renovem a sua opção fundamental e
também poderão ajudar os demais discípulos a fazerem a sua própria
opção.
Indo
de encontro ao nosso Objetivo Geral Metodológico, no decorrer da caminhada
discipular, após o Reavivamento no Espírito Santo, os discípulos poderão fazer
quatro celebrações basilares e muito simbólicas para o seu crescimento e
seguimento de Jesus dentro da Obra DJC. Todas são registradas e arquivadas pela
Assistente Local do Desenvolvimento Integral:
1ª
– Celebração da Opção Fundamental dos Discípulos de Jesus, após o Encontro de
Espiritualidade da Irmanação. Entra oficialmente na Fraternidade
Cristã/Ministério. O registro único é feito na Obra DJC.
2ª
– Celebração dos Bons Propósitos dos Discípulos Servidores, após o Estágio.
Entra no Corpo de Apostolado.
3ª
– Celebração do Compromisso de Aliança, após o Vocacional I. Entra na
Fraternidade de Aliança.
4ª
– Celebração da Consagração de Aliança, após o Vocacional II. Entra na
Comunidade de Aliança.
Agora
vamos ao texto, rezando-o ponto por ponto como se fosse pela primeira vez. Como ninguém ainda foi registrado no DJC, cada DCA também faça a sua opção fundamental, assine a folha e repasse para a Zuleide:
xxx
Fraternidade
Cristã
Aprofundamento
para depois do Encontro de Espiritualidade da Irmanação
Em
vista da Celebração da Opção Fundamental
Opção
fundamental por Jesus
00
– Ambientação
01
– Louvor / Súplica ao Espírito Santo
02
– Palavra de Deus (Mc 12,28-34)
03
– Reflexão
O
ser cristão é uma graça, mas pressupõe uma opção fundamental que interfere
radicalmente na vida cristã: ortodoxia e ortopráxis.
Opção
fundamental quer dizer aquela escolha primeira que direcionará a nossa vida por
este ou aquele caminho e que deverá subordinar todas as outras alternativas que
aparecerão na trajetória da nossa existência.
Em
outras palavras: tudo o mais que vou decidir escolher na minha vida, o próprio
modo como vou viver, vai depender da opção fundamental que eu fiz, desde coisas
simples: se vou ou não a uma festa, se compro ou não aquela revista; até coisas
mais importantes como votar em alguém, permanecer no amor ou no ódio, evadir-se
no egoísmo ou permanecer na solidariedade, o modo como vou criar os meus filhos
ou exercer a minha profissão, a maneira como devo namorar ou manter a vida
conjugal, etc
A
minha vida deve ser coerente com a opção fundamental que eu fiz! O contrário é
hipocrisia e falsidade. “Que o vosso sim seja sim e que o vosso não seja não...
Sim, sim! Não, não!”
A
opção fundamental está no início de tudo e interfere em tudo na nossa vida
pessoal, familiar e comunitária; em todas as áreas: espiritual, física,
afetiva, sexual, profissional, intelectual, política e social. Por isso a opção
fundamental é tão importante. Ela molda nosso próprio estilo de vida. A pessoa
é aquilo que optou ser no decorrer da caminhada... Em última análise, o homem
não é produto do meio em que vive, mas o resultado da sua opção fundamental!
O
homem é essencialmente um ser de escolhas porque é livre e consciente. Como
deve ser responsável pelas suas decisões, pelo seu SIM ou pelo seu NÃO, então o
homem é um ser moral.
A
maturidade humana é alcançada justamente quando a pessoa é responsável e
coerente com as suas próprias decisões. Antes disso, temos uma pessoa ainda
imatura que precisa crescer e assumir a responsabilidade por sua própria vida e
também pela vida dos seus dependentes. Crianças e adolescentes por natureza
ainda são imaturas, e isto é normal. Mas mesmo assim, devem ir sendo educadas
para a responsabilidade, e de pouco em pouco vão fazendo a sua opção
fundamental.
O
animal não tem possibilidade de escolhas verdadeiras visto que é limitado por
seus instintos. Já a consciência humana consegue transcender as determinações
naturais e fazer escolhas por isto ou por aquilo, seja certo ou errado. Por
isso somente o homem é verdadeiramente livre e quanto mais maduro for, mais
livre será.
Liberdade
não tem nada a ver com libertinagem, irresponsabilidade ou acomodação.
Liberdade rima com maturidade, capacidade de fazer opções conscientes e ser
responsável por elas.
Dissemos
que opção fundamental quer dizer aquela escolha primeira que direcionará a
nossa vida por este ou aquele caminho e que deverá subordinar todas as outras
alternativas que aparecerão na trajetória da nossa existência. Que nossa vida
deve estar de acordo com a opção que fizemos. Dissemos também que sou maduro
quando sou capaz de decidir e verdadeiramente livre quando vivo de acordo com
as minhas decisões morais.
Deus
nos criou livres e conscientes. Por isso Deus sempre propõe e nunca impõe! O
relacionamento que Ele deseja ter com a gente dá-se no horizonte da liberdade e
no plano da consciência, até chegar ao nosso coração.
No
shemá (= ouça, Israel!), já está contida a opção fundamental que devemos fazer
por Deus, a qual vai moldar o nosso estilo de vida cristã e nos garantirá a
posse da nossa plena realização humana e cristã: “Ouça, ó Israel! O Senhor
nosso Deus é o único Senhor. Portanto, ame ao Senhor seu Deus com todo o seu
coração, com toda a sua alma, com todo seu entendimento e com toda a sua
força”. E Jesus acrescenta: “E ame ao seu próximo como a si mesmo!” (Mc
12,28-34; Dt 6,4-5). Deus nos propõe uma aliança radical de amor por Ele
(aliança vertical) e ao próximo (aliança horizontal)... Amá-lo com todo
coração, alma, entendimento e força. E ao próximo como a si mesmo.
Aquele
que faz a opção fundamental por Jesus está decidindo realmente que vai amá-lo
acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. É uma opção radical e exclusiva para
uma aliança de amor radical e exclusiva. “Vocês não sabem que amizade com o
mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo é inimigo de Deus” (Tg
4,4).
Aquele
que opta por Jesus decide encaminhar toda a sua vida no rumo de Jesus, que é o
Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6). Significa que vai seguir os seus passos
e aprender com o seu exemplo de vida. É impossível você percorrer dois caminhos
ao mesmo tempo. Ou vai pela esquerda ou pela direita, ou vai por aqui ou por
acolá. Você não pode optar por Cristo e seguir o caminho de satanás. Isto seria
uma incoerência terrível e desmiolada! “Quem diz que está com Deus deve
comportar-se como Jesus se comportou” (1Jo 2,6).
A
opção fundamental por Cristo é, por natureza, radical e exclusiva. Aquele que se
faz discípulo de Jesus pertence única e exclusivamente a Jesus e só tem um
caminho na vida: o próprio Jesus, o seu Evangelho e a sua Igreja. A imitação de
Cristo vai plasmando uma vida nova na fé semelhante ao que o Apóstolo dizia:
“Esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se
entregou por mim!” (Gl 2,20)
O
importante é optar por Cristo e segui-lo. Pode até levar topada ou queda. Pode
até se cansar, sentar um pouco e depois continuar. Mas o importante é que, um
passo após outro, a caminhada no seguimento de Cristo está sendo feita e levará
infalivelmente ao Reino de Deus. Disso resulta que o importante não é só
caminhar, mas caminhar no Caminho que é Cristo, caminhar seguindo os seus
passos. Depois, mesmo que a pessoa caia ou tropece, Deus vê que ela está
caminhando, que ela optou verdadeiramente por Cristo e isto será levado em
conta.
Uma
pessoa não chega ao céu ou ao inferno com apenas um passo. Vai depender do
caminho que escolheu, da opção fundamental que fez durante a sua vida. Por
exemplo: se a pessoa caminhou sempre no seguimento de Jesus e levar uma queda
bem perto da morte, será que vai pro inferno? Tenho certeza de que o Pai das
Misericórdias vai levar em conta mais a opção fundamental que fez e na qual deu
passos durante toda a sua vida do que a fraqueza de última hora!
Da
mesma forma, embora nunca devamos justificar os pecados, devemos sempre olhar
mais a opção fundamental de uma pessoa do que este ou aquele passo tropo que
tenha dado. Mas é claro: se eu insisto em sempre dar passos errados e até mesmo
a me acostumar com o pecado, então, na verdade, já saí ou estou saindo da opção
fundamental por Cristo e adentrando por outros caminhos... Posso dizer que fiz
opção por Cristo, mas o modo como estou vivendo está demonstrando justamente o
contrário.
Então,
opção fundamental por Jesus não é só questão de intenção ou de palavra, mas
algo bem concreto e real, que exige realmente passos concretos no seguimento de
Jesus. “Não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e de verdade”
(1Jo 3,18).
Jesus
é o Caminho que conduz para a Verdade e a Vida... Optar por Ele significa optar
realmente pela Verdade e pela Vida! Quando optamos por Cristo nossa vida passa
a ser vivida na Verdade. “Quem me segue não anda nas trevas, mas possui a luz
da vida!”
Ortodoxia
O
discípulo de Jesus, imbuído de toda uma ortodoxia, ou seja, por uma correta
doutrina da Igreja, renuncia as trevas, as ilusões e as mentiras e por isso não
se deixa levar pelos erros e ignorâncias que cegam e deturpam a própria
consciência.
O
cristão, na luz da Verdade de Cristo, transcende as trevas das ideologias
abortistas, a escravidão do mercado, consumismo desenfreado, secularismo,
relativismo religioso das seitas, nova era, libertinagem sexual, modismos
extravagantes, etc. “Todo aquele que avança e não permanece no ensinamento de
Cristo não possui a Deus” (2Jo 9).
Na
convivência com Cristo o discípulo passa a ter a mentalidade de Cristo, passa a
enxergar com os olhos de Cristo. “É preciso que vocês se renovem pela
transformação espiritual da inteligência, e se revistam do homem novo, criado
segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade. Por isso, abandonem
a mentira...” (Ef 4,24s)
“A
Igreja do Deus vivo é a coluna e o sustentáculo da verdade!” (1Tim 3,14)
“Conhecereis
a Verdade e a Verdade vos libertará!” (Jo 8,32)
“Para
mim, não há maior alegria do que saber que meus filhos vivem na verdade” (3Jo
4).
Ortopráxis
A
opção fundamental por Jesus é uma opção pela Vida, porque Jesus mesmo é a Vida
e veio para que tenhamos vida, e vida em abundância (Jo 10,10).
Como
devemos viver de acordo com a opção que fizemos, temos o dever de renunciar
tudo aquilo que se contrapõe ao projeto salvífico do Deus da Vida: os próprios
pecados e fraquezas, as influências negativas do mundo, Satanás e suas obras.
Em
outras palavras, o discípulo deve vencer os instintos ou práticas suicidas dos
vícios e tudo mais que lhe empate de ser plenamente realizado na vocação que
Deus lhe concedeu: cachaça, cigarro, drogas, idolatria de si mesmo, de outras
pessoas ou de outras coisas, falta de zelo com o seu corpo físico e com a sua
alma espiritual, preguiça nos estudos ou na profissão, traumas e feridas
interiores, etc
Optar
pela Vida implica renunciar o que se contrapõe a ela e ao mesmo tempo ter
práticas que a acolham e a cultivem. A opção fundamental por Jesus exige uma
ortopráxis, ou seja, uma maneira correta de praticar a vida ou práticas
corretas que nos ajudem a viver a verdadeira vida de um filho de Deus. Um vida
virtuosa com dignidade, paz, alegria, amor e liberdade!
Vemos,
pois que a opção fundamental por Jesus não é algo romântico ou só intencional.
Para ser verdadeira, tal opção mexe com as nossas escolhas e com as nossas
práticas. Tal opção mexe com a nossa vida e exige uma renúncia de tudo aquilo
que nos impeça de seguir os passos de Jesus, ou de viver na sua verdade ou de
ter a bênção da vida nova em abundância.
Nosso
modo de viver, nossos passos, nossas idéias e nossas práticas devem estar de
acordo com a opção fundamental que fizemos por Jesus, Caminho-Verdade-Vida. Não
podemos ser incoerentes com a opção que fizemos.
Cinco
exigências
A
opção fundamental por Jesus, que é uma decisão de amor radical, exige assumir a
cruz, com essas cinco exigências fundamentais:
A
– Dar preferência mais a Jesus do que aos próprios familiares (Lc 14,25-26);
B
– Ser livre da idolatria do dinheiro (Lc 14,33), pois ninguém pode servir a
dois senhores. Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro;
C
– Renunciar a si mesmo e cumprir com fidelidade a missão designada por Deus (Lc
9,23);
D
– Não se envergonhar de Cristo diante dos homens (Lc 9,26);
E
– Não ficar olhando para trás, pois “quem põe a mão no arado e olha para trás não
é digno do Reino de Deus”. São Paulo dizia: “Por causa de Cristo, tudo o que eu
considerava como lucro, agora considero como perda. Esqueço-me do que fica para
trás e avanço para o que está na frente. Lanço-me em direção à meta, em vista
do prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristo” (Fil 3,7.13s).
A
opção fundamental por Jesus nos coloca no caminho da cruz, que é o único que
conduz verdadeiramente para a ressurreição. Mas, cuidado: “Há muitos que são
inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição; o deus deles é o ventre,
sua glória está no que é vergonhoso, e seus pensamentos em coisas da terra”
(Fil 3,18s). "A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem.
Mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus" (1Cor 1,18).
Não
podemos ser sectários daquele cristianismo caldo-de-bila, que usa o nome de
Jesus em vão mas não se compromete verdadeiramente com a causa do Reino de
Deus! A cruz que carregamos no peito tem todo este significado. Ela manifesta
publicamente nossa opção fundamental de seguir Jesus dentro do DJC. Embora não
seja de uso obrigatório, o seu significado sempre deve ser lembrado no nosso
coração.
Coragem, vem ser cristão!
Coragem, vem ser cristão!
05
– Oração
Escutamos
verdades que a nossa razão pode perceber, mas não pode compreender totalmente.
Mas o Espírito Santo que nos acompanha no seguimento de Jesus, é Ele quem nos
dá o entendimento interior e nos concede a Graça de não só fazer esta
importante opção por Jesus, mas também de perseverar e de viver de acordo com a
mesma.
Por isso, peçamos a Graça do discernimento e a coragem para fazer nossa Opção Fundamental por Jesus e continuar seguindo os seus passos dentro da Fraternidade Cristã, sendo acompanhados pela Obra DJC. Ainda não é o momento de celebrar a opção fundamental, mas de pedir o discernimento e a coragem necessária para fazê-la...
Por isso, peçamos a Graça do discernimento e a coragem para fazer nossa Opção Fundamental por Jesus e continuar seguindo os seus passos dentro da Fraternidade Cristã, sendo acompanhados pela Obra DJC. Ainda não é o momento de celebrar a opção fundamental, mas de pedir o discernimento e a coragem necessária para fazê-la...
Pai
Nosso... Ave Maria...
São
Paulo Apóstolo, rogai por nós!
06
– Caminhada Discipular
Minha
pertença à Fraternidade Cristã (ou Ministério) do DJC exige, antes de tudo,
esta opção fundamental por Jesus, seu Evangelho e sua Igreja. Tal opção é o verdadeiro
começo de toda uma caminhada discipular que irá moldar meu jeito de ser e o meu
modo de existir. É impossível ser Discípulo sem uma clara opção por Jesus
Caminho-Verdade-Vida, para viver aquela radical aliança de amor com todo nosso
coração, alma, entendimento e força...
Após
ter feito o Reavivamento no Espírito Santo e o Temário da Irmanação, agora você
é convidado a celebrar a sua Opção Fundamental por Jesus, com o compromisso de
continuar seguindo os seus passos dentro da Fraternidade Cristã.
O
que se espera de um discípulo que decidiu seguir Jesus dentro da Fraternidade
Cristã do DJC:
- Identificação
com a vocação e missão do DJC: ser e fazer discípulos.
- Caminhar rumo à santidade no Caminho que conduz para a Verdade e
a Vida: JESUS CRISTO.
- Estar
consciente de que toda a sua caminhada discipular será acompanhada e orientada pela
Obra DJC através dos Discipuladores, conforme o Método de Evangelização e Acompanhamento de Discípulos (MEAD).
- Prontidão em
participar dos encontros da Fraternidade Cristã, Siloé e demais eventos do DJC.
- Contribuição
Fiel. A Obra DJC deve ser mantida por todos que nela caminham
para continuar evangelizando e formando discípulos.
- Ser discípulo de Jesus e sempre ajudar a fazer novos discípulos como
puder, com quem estiver e aonde estiver. Testemunhando, intercedendo,
convidando, ajudando, vestindo a camisa, incentivando, etc
(A
folha da Celebração da Opção Fundamental dos Discípulos de Jesus encontra-se
logo a seguir. Favor conferir para ficar por dentro do conteúdo.)
Dadas
as considerações, você deseja continuar sendo um discípulo de Jesus na
Fraternidade Cristã? Caso sua resposta seja um SIM, faça a sua opção conforme o rito indicado na folha e repasse-a para o seu Discipulador.
Caso
sua resposta seja um Não, continuaremos sendo irmãos. Você continuará sendo sempre bem-vindo no Siloé, nos
encontros abertos do Discipulado Específico (quartas semanas) e nos demais
eventos do DJC. Porém, por questão de organização e acompanhamento, você não poderá ficar participando dos encontros fechados da
Fraternidade Cristã. De todo coração, desejamos que a sua resposta seja um SIM.
Mas como se trata realmente de uma opção por Jesus, e também uma opção em
caminhar dentro da Fraternidade Cristã, então temos que esperar e respeitar a
sua decisão, seja ela qual for.
O
próprio Jesus, que conhecia o homem mais do que ele mesmo, na sua divina
pedagogia fazia questão de escutar da boca dos seus discípulos uma clara opção
por Ele e pelo Reino de Deus. Uma vez que estamos formando discípulos dele, e
não nossos, então devemos incentivar a mesma coisa que ele fez, para que desta
forma aqueles que são da Fraternidade Cristã, caminhem livres e
conscientes como Discípulos de Jesus. Isto é ético, evangélico, educativo e edificante.
Para
você aprofundar ainda mais o que seja a opção fundamental, propomos que estude
em casa o texto a seguir:
Aprofundamento
sobre a opção fundamental
Antes
de ser empregada nas múltiplas escolhas pequenas e comuns de cada dia, a opção
humana afunda suas raízes nas camadas mais profundas do ser. O homem tem que
decidir sobre o sentido último e definitivo que quer dar à sua vida, em função
da qual nascerá um determinado estilo de conduta. É o que se costuma chamar de
“opção fundamental”: aquele valor, ideologia ou pessoa que, considerado o mais
absoluto e importante de tudo, converte-se em ponto de referência básico para
as outras decisões. Sobretudo quando se apresentam possibilidades
contraditórias, é impossível escolher se não houver uma intenção mais radical
que motive e justifique por que aceitamos umas e rejeitamos outras.
O
ser racional busca algo, além de suas reações e formas de comportamento, que
constitui a meta e o ideal em cuja direção se orienta. Assim, dispõe-se a
realizar tudo aquilo que ajuda e serve a essa finalidade, ao passo que
sacrifica
conscientemente
tudo aquilo que a obstaculiza ou impede, embora lhe agrade por
outros
motivos, consciente da necessidade desse sacrifício para conseguir o que quer.
A entrega a uma causa implica em um compromisso custoso, que exige
necessariamente muitas renúncias. Comprometer-se seriamente significa
precisamente desligar-se de outros compromissos menores ou ataduras para poder
se entregar à busca de outra tarefa mais importante. Trata-se sem dúvida de um
risco, que muitas vezes faz que abandonemos o interesse imediato e as ilusões
presentes em nome de um porvir que ainda está muito distante e incerto. Essa
falta de segurança em relação ao futuro, que só pode ser superada com uma
esperança convicta e idealizada, motiva o medo instintivo que tão
frequentemente se constata hoje quando é preciso optar por um compromisso
permanente na vida.
O
caráter utilitário e provisório de uma sociedade de consumo teve suas
ressonâncias nesse terreno. Acontece que, para renunciar a essas liberdades
minúsculas, é preciso ter conquistado essa outra liberdade fundamental, que
possibilita dar uma determinada orientação à vida. De acordo com o que já
dissemos em capítulo anterior, a opção decisiva no campo da ética nasceria ao
nos defrontarmos com esta questão: queremos viver como homens? Ou seja,
buscamos nossa plena auto-realização como pessoas? Tentamos responder às exigências
autênticas de nossa vocação humana? É evidente que, de acordo com a resposta, a
conduta posterior será bem diferente, em todas as suas manifestações. Mesmo que
depois isso não seja vivido com perfeita coerência, fica sempre um dinamismo
interior que orienta para o verdadeiro caminho e convida a superar as fraquezas
e equívocos.
No
âmbito religioso, essa opção se realiza por meio da fé. A fenomelogia do amor
nos revela que, dentre todas as pessoas para as quais se dirige nosso afeto e
com as quais mantemos relações de amizade, sempre há uma que valorizamos acima
das outras. Assim, se qualquer outra pessoa chega a ameaçar esse amor, não
resta alternativa: é preciso manter a fidelidade a quem descobrimos como valor
supremo. A experiência da vida conjugal, quando o amor se torna total, único e
exclusivo, é uma confirmação desse fato. Já não existe no mundo ninguém que
possa se amar desse modo. Assim, qualquer outro amor terá sempre um caráter
condicional, tendo que respeitar e não destruir o amor que se vivencia como o
mais importante. Nesse sentido, Deus é o único amor absolutamente
incondicional, já que a entrega a ele se coloca acima de qualquer outra
realidade. Para o crente verdadeiro, não existe nenhum outro valor que,
comparado com aquele que se manifesta em sua vivência religiosa, alcance o
mesmo grau de compromisso. Trata-se do mandamento definitivo, que mantém para
sempre a sua vigência: “Amarás a Yahweh teu Deus com todo o teu coração, com
toda a atua alma e com toda a tua força” (Dt 6,5).
A
Bíblia explicita claramente essa possibilidade de o homem aceitar a aliança que
Deus lhe oferece ou fechar-se ao seu chamado. Pode-se afirmar com razão que
essa liberdade constitui um postulado irrenunciável de toda a teologia, caso
contrário cairiam por terra os ensinamentos mais fundamentais da revelação. Se
Deus oferece uma aliança e chama a uma conversão radical é porque essa opção
revela-se possível, do mesmo modo como denuncia e condena os que se fizeram
surdos e cegos a tal chamado. (...)
É
impossível a existência de duas opções fundamentais simultâneas e
contraditórias. Embora os homens tratem muito de arranjar componendas, a
alternativa de Cristo é taxativa: “Não podeis ser a Deus e ao dinheiro”(Mt
6,24), pois antes de tudo temos que ver a que “senhor”(Lc 16,13) queremos
verdadeiramente nos entregar. Muitas vezes, acontece que não nos interessa
conhecer a realidade de nossa opção e então procuramos dissimula-la com a falsa
ilusão de que buscamos esse valor mais importante. (...) Certas práticas
religiosas e bons sentimentos podem ocultar um distanciamento, fazendo crer que
se ama a Deus acima de tudo quando na realidade se tem outros interesses mais
fundamentais. Se Deus está em primeiro lugar, então a atitude do homem diante
dos valores éticos tem que ser positiva; e, além disso, o homem deve
manifestá-la nos atos concretos, de acordo com as obrigações morais. (...)
Desde
que a opção tenha sido feita a sério e de modo adulto, também se torna
psicologicamente impossível uma mudança contínua e freqüente. Na revelação,
Deus quis se valer do amor conjugal como símbolo das relações mútuas que deseja
manter com os homens. Ora, quando existe esse amor profundo ou uma relação de
autêntica amizade, pode-se conseguir, pelo menos uma certa permanência estável,
que impede um ritmo freqüente de pecado-conversão. Os únicos que brigam e fazem
as pazes constantemente são as crianças ou as pessoas sem o mínimo de
maturidade psicológica. Santo Tomás tem um texto formidável para não sentirmos
falta de uma colocação da mais pura teologia clássica: “Embora por um pecado
mortal se perca a graça, no entanto, a graça não se perde facilmente, pois não
é fácil àquele que a possui realizar esse ato, pela opção contrária que tem”
(De Veritate, 27,1-9).
Eduardo
López Aspitarte
Práxis
Cristã - moral fundamental
Edições
Paulinas
07
– Avisos / Despedida
xxx
Veja como é a folha da Celebração da Opção Fundamental do Discípulo de Jesus
Zuleide tem as cópias.
Discipulado de Jesus Cristo
DJC Fortaleza
Assistência Local de
Desenvolvimento Integral
Celebração
da Opção Fundamental do Discípulo de Jesus
Parênese
(Col 2,6-15; João
15)
Opção
Fundamental:
Eu,/
__________________________________________________________________________,/
na graça do Espírito Santo/ e
para a glória de Deus Pai,/ livre e consciente,/ FAÇO A MINHA OPÇÃO FUNDAMENTAL
POR JESUS CRISTO./ Tendo sido escolhido por Ele,/ quero viver sempre unido ao
meu Mestre,/ Senhor/ e Salvador/ e permanecer no seu amor/ pela prática
obediente/ dos seus mandamentos,/ para que a sua alegria esteja sempre em mim/
e a minha alegria seja completa./ Desta forma,/
enraizado em Jesus/ e apoiado na fé católica,/ sempre transbordando em
ação de graças,/ quero desenvolver/ integralmente/ a minha vida cristã-batismal,/ seguindo o único Caminho/ que
conduz/ para a Verdade e a Vida./ Prometo que vou dar passos concretos/ na
minha Caminhada Discipular/ rumo à santidade/ com ascese e disciplina,/
acolhendo as orientações do meu Discipulador,/ e sempre conforme/ o Método de
Evangelização/ e Acompanhamento/ do Discipulado de Jesus Cristo./ Peço a
intercessão dos irmãos de caminhada,/ de Santa Maria de Nazaré,/ do Apóstolo
Paulo/ e de todos os Anjos e Santos do Céu/ para Deus ter misericórdia de mim/
e me ajudar a ser fiel/ a esta opção fundamental por Jesus/ em todas as
dimensões/ e áreas da minha vida,/ pois sem a Graça Divina/ não podemos fazer
nada de bom./ Amém!
________________________________,
____ de ________________________ de ________________.
_____________________________________________________________
Assinatura do Discípulo de
Jesus
_____________________________________________________________
Responsável
pelo Organismo do DJC
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Espaço
preenchido somente pela Assistente do Desenvolvimento Integral, por ordem de
chegada:
Registro no livro dos
Discípulos do DJC Fortaleza (Registro
único em todo DJC Nº ________________ )
Nome
completo do Discípulo: _____________________________________________________________________________
(M ) (F
) Nascimento: _____/ ____/
____________ Telefones: _____________________________________________
E-mail:
_______________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Assistente Local do
Desenvolvimento Integral (____/ ____/ ________ )
(Observação: esta folha ficará
arquivada na Secretaria do DJC Fortaleza, armário da Assistência do
Desenvolvimento Integral)
Atualização 18/07/13 08:00h