Encontro de Aliança 24 02 14

Leitura: Jo 15

Como de costume, depois da partilha da Palavra de Deus em oração, seguir com a formação. Entregar uma xerox para cada DCA.

Formação:

Sacramental: o que caracteriza um Discípulo Comprometido de Aliança?


Peguemos o exemplo da Igreja.

 

A Igreja, o Corpo Místico de Cristo, existe para continuar a missão de Jesus tendo em vista a salvação de todos os homens e do homem todo, em todos os tempos e lugares. Por isso ela é Católica, a Igreja do Todo, a Igreja Universal. Numa palavra, a Igreja existe para evangelizar. Uma vez que esta Igreja somos nós, então todos os membros da Igreja temos a missão de evangelizar, independentemente do nosso estado ou forma de vida: solteiros e casados; leigos, freiras e padres; crianças, jovens e adultos.

 

Na amplitude da sua missão, na Igreja existem diferentes instituições e carismas comunitários , cada qual com uma missão própria, mas todos a serviço da única missão evangelizadora da Igreja. Esta variedade em vez de enfraquecer, fortalece a Igreja, pois apesar de serem muitos, é uma só Igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana. 

 

Na mesma Igreja, cada cristão também tem uma vocação e um carisma particular que define o seu estado e forma de vida cristã. Cada qual vai responder a Deus segundo esta a sua vocação e carisma, da mesma forma como a mangueira responde pela frutificação de mangas e o cajueiro pelos cajus, não o contrário.

 

Por exemplo, a principal responsabilidade dos chamados religiosos (frades e freiras) é o que o seu nome já diz: SER RELIGIOSO, ser uma pessoa completamente ligada a Deus através da vivência da pobreza, obediência e castidade. Todo cristão deve viver ligado a Deus. Mas os chamados religiosos assumem este dever como vocação, “saem” do mundo secular para viver de modo radical a sua consagração batismal. Desta forma, ajudam a Igreja a viver a sua ligação com Deus, da mesma forma que os cristãos leigos ajudam a Igreja a estar presente nos vários setores do mundo (política, escola, comércio, agricultura, escritório, indústria) de uma forma especial.

 

Pois bem, e o DJC dentro da Igreja e o DCA dentro do DJC, o que os caracteriza?

 

Na Igreja, o DJC é um movimento com a vocação de pescar e formar discípulos de Jesus com a carisma de pregar a Palavra de Deus e colocá-la no centro de tudo. É isto o que nos caracteriza em meio às outras instituições.  Isto quer dizer que todos os membros do DJC, todos os siloelitas e discípulos, independentemente do seu nível de participação, estado ou forma de vida, devem fazer por onde pescar e ajudar na formação de discípulos de Jesus.

 

Mas, e o DCA, o que o caracteriza dentro da Obra DJC?

 

Pois bem, da mesma forma que o nome Religioso caracteriza o Frade e a Freira na Igreja, o nome do DCA também já diz tudo a respeito dele.

 

O Siloelita é aquele mergulha toda semana no Siloé, convida outros e os ajuda a também mergulhar. Durante  semana vai viver na Graça de Jesus, o Siloé do Pai. Isto já é um bom começo!

 

O Discípulo Servidor, É discípulo e assume um serviço em comunhão e obediência com a Obra DJC, para pescar e formar outros discípulos de Jesus nas Fraternidades Cristãs, eventos  e demais atividades.  Os Bons Propósitos para serem cumpridos exigem do Discípulo Servidor toda uma responsabilidade e amor para com a Obra.

 

Por fim, o Discípulo Comprometido de Aliança, aquele que adentrou no terceiro nível de participação na Obra, celebrou o seu Compromisso de Aliança COM Deus DENTRO da Obra DJC. Por natureza, além de ser um Siloelita e um Discípulo Servidor, o DCA é uma pessoa totalmente COMPROMISSADA e COMPROMETIDA com Deus e a Obra DJC.  

 

A palavra COMPROMISSO permanente, amoroso e radical define o ser e o fazer de um DCA. O DCA tem esta vocação no sangue de modo que não consegue viver sem ela. Por natureza, ele ama o DJC e está dentro da obra com os dois pés. Vive e respira DJC. Evangeliza com e como DJC, pois tem o carisma do DJC nas profundezas da sua alma.

 

Mais do que qualquer outro discípulo, o DCA deve ser comprometido com o DJC. Você estranha se um frade ou uma freira não viva como religioso. Você estranha se um religioso é mundano, pois isto contradiz radicalmente os votos que ele fez a Deus. Pois bem, é de estranhar um DCA que não se comprometa radicalmente com o DJC. O Papa Francisco disse para um grupo de freiras em tom de brincadeira: “Ei, vocês não se consagraram para viver como solteironas!” Em tom de brincadeira, digamos entre nós: “Ei, não fizemos Compromisso de Aliança com Deus dentro do DJC para ficar de braços cruzados!”

 

Ser DCA não é um fardo pesado. Embora exija tempo,  fidelidade, sacrifício, obediência e prontidão para ser enviado aonde a Obra estiver precisando, é uma vocação, é um carisma, é uma graça. A gente cansa por fora, mais é feliz por dentro.

 

A vocação para o Compromisso de Aliança exige o DCA deixar muitas coisas para trás, inclusive coisas boas. Toda vocação exige sacrifícios e renúncias! Mas este deixar é algo inerente ao seu ser. O DCA deixa para trás o que não já não é bem dele, pois o que é dele ele está abraçando prá valer agora: a vocação e missão do DJC. Vocação é vida. Quem abraça a sua vida vive intensamente, e não freneticamente. As outras pessoas nem entendem. Nem mesmo os familiares. Mas quem tem vocação para ser DCA entende, pois vive tudo isso por dentro e na presença de Deus.
 
 
 
Os outros Discípulos ajudam o DJC de muitas maneiras. Muitos são contribuintes fiéis, amam o DJC e assumem grandes tarefas com muita dedicação, fidelidade e pontualidade. Pois bem. O DCA deve ser aquele que além de ajudar o DJC de muitas maneiras, tem a vocação do COMPROMISSO, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, no sol e na chuva, na riqueza e na pobreza. E Esta vocação para o COMPROMISSO, para o SIM duradouro e permanente, haverá de iluminar e incentivar os outros discípulos a fazerem o mesmo, da mesma forma que os religiosos ajudam os demais cristãos leigos a também viverem sempre ligados e unidos a Deus. A vocação de uma pessoa nunca para em si mesma, sempre tem em vista a edificação das outras pessoas também.

 

Não é o hábito que faz o monge, embora o hábito ajude o monge a ser monge, pois é uma lembrança para ele mesmo que é monge e que deve viver e se comportar como monge... O sacramental que vamos receber está dentro desta mística da nossa vocação. Será um distintivo, um símbolo que todos haveremos de usar e nos identificar como DCA em todos os lugares e em todos os momentos. Mas que o nosso grande distintivo seja o modo como vivemos a nossa vocação. Que os outros discípulos da Obra DJC e as outras pessoas da sociedade nos identifiquem como DCAs sobretudo pelo nosso COMPROMISSO com a nossa santificação e com a Obra DJC:

 

- Sempre concordes na missão de fazer discípulos conforme o MEAD;

- Sempre unidos na Fraternidade de Aliança;

- Sempre disponíveis para o Envio;

-Sempre pontuais e presentes;

- Sempre de prontidão para ajudar o DJC;

- Sempre DCAs no dia a dia.
 

O sacramental está chegando para identificar o que já somos. Muitas pessoas nos ajudaram. Mas aonde o DJC continua presente? Nos lugares que existem DCAs vivendo e atuando com amor... A vocação dos DCAs é uma grande graça de Deus para Obra DJC evangelizar e continuar evangelizando.

 

Com amor e COMPROMISSO, força na caminhada discipular!

 

Graça e Paz !!!

 

Fraternalmente,

 

Pe. Marcos Oliveira

Fundador e Acompanhante Geral do DJC

 

Em tempo: Sobre o sacramental, favor falar coma Otinha. Vamos marcar uma celebração para a entrega dos mesmos.