Encontro de Aliança 22/07/13

Local: Sede das Extensões

Participação: DCAs e Vocacionados

Dirigência: Acompanhantes das Extensões

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Preliminares:

Este texto será repassado para todos os Discípulos que caminham nas Fraternidades Cristã e Ministérios do DJC, em preparação para a Celebração da Opção Fundamental por Jesus dentro do DJC, logo após o Encontro de Espiritualidade da Irmanação. Tem em vista a conscientização sobre o que é fazer uma caminhada discipular no DJC, com a clara opção fundamental e compromisso de dar passos concretos conforme o MEAD e orientações dos Discipuladores.

Desta forma, estamos concluindo a sistematização do trabalho de evangelização do DJC, como movimento que existe na Igreja para formar discípulos de Jesus.

Mesmo que já tenham feito esta opção fundamental, é bom que os DCAs revejam o conteúdo, renovem a sua opção fundamental e  também poderão ajudar os demais discípulos a fazerem a sua própria opção.

Indo de encontro ao nosso Objetivo Geral Metodológico, no decorrer da caminhada discipular, após o Reavivamento no Espírito Santo, os discípulos poderão fazer quatro celebrações basilares e muito simbólicas para o seu crescimento e seguimento de Jesus dentro da Obra DJC. Todas são registradas e arquivadas pela Assistente Local do Desenvolvimento Integral:

1ª – Celebração da Opção Fundamental dos Discípulos de Jesus, após o Encontro de Espiritualidade da Irmanação. Entra oficialmente na Fraternidade Cristã/Ministério. O registro único é feito na Obra DJC.

2ª – Celebração dos Bons Propósitos dos Discípulos Servidores, após o Estágio. Entra no Corpo de Apostolado.

3ª – Celebração do Compromisso de Aliança, após o Vocacional I. Entra na Fraternidade de Aliança.

4ª – Celebração da Consagração de Aliança, após o Vocacional II. Entra na Comunidade de Aliança.

Agora vamos ao texto, rezando-o ponto por ponto como se fosse pela primeira vez. Como ninguém ainda foi registrado no DJC, cada DCA também faça a sua opção fundamental, assine a folha e repasse para a Zuleide:

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Fraternidade Cristã

Aprofundamento para depois do Encontro de Espiritualidade da Irmanação
Em vista da Celebração da Opção Fundamental

Opção fundamental por Jesus

00 – Ambientação

01 – Louvor / Súplica ao Espírito Santo

02 – Palavra de Deus (Mc 12,28-34)

03 – Reflexão
O ser cristão é uma graça, mas pressupõe uma opção fundamental que interfere radicalmente na vida cristã: ortodoxia e ortopráxis.
Opção fundamental quer dizer aquela escolha primeira que direcionará a nossa vida por este ou aquele caminho e que deverá subordinar todas as outras alternativas que aparecerão na trajetória da nossa existência.
Em outras palavras: tudo o mais que vou decidir escolher na minha vida, o próprio modo como vou viver, vai depender da opção fundamental que eu fiz, desde coisas simples: se vou ou não a uma festa, se compro ou não aquela revista; até coisas mais importantes como votar em alguém, permanecer no amor ou no ódio, evadir-se no egoísmo ou permanecer na solidariedade, o modo como vou criar os meus filhos ou exercer a minha profissão, a maneira como devo namorar ou manter a vida conjugal, etc
A minha vida deve ser coerente com a opção fundamental que eu fiz! O contrário é hipocrisia e falsidade. “Que o vosso sim seja sim e que o vosso não seja não... Sim, sim! Não, não!”
A opção fundamental está no início de tudo e interfere em tudo na nossa vida pessoal, familiar e comunitária; em todas as áreas: espiritual, física, afetiva, sexual, profissional, intelectual, política e social. Por isso a opção fundamental é tão importante. Ela molda nosso próprio estilo de vida. A pessoa é aquilo que optou ser no decorrer da caminhada... Em última análise, o homem não é produto do meio em que vive, mas o resultado da sua opção fundamental!
O homem é essencialmente um ser de escolhas porque é livre e consciente. Como deve ser responsável pelas suas decisões, pelo seu SIM ou pelo seu NÃO, então o homem é um ser moral.
A maturidade humana é alcançada justamente quando a pessoa é responsável e coerente com as suas próprias decisões. Antes disso, temos uma pessoa ainda imatura que precisa crescer e assumir a responsabilidade por sua própria vida e também pela vida dos seus dependentes. Crianças e adolescentes por natureza ainda são imaturas, e isto é normal. Mas mesmo assim, devem ir sendo educadas para a responsabilidade, e de pouco em pouco vão fazendo a sua opção fundamental.
O animal não tem possibilidade de escolhas verdadeiras visto que é limitado por seus instintos. Já a consciência humana consegue transcender as determinações naturais e fazer escolhas por isto ou por aquilo, seja certo ou errado. Por isso somente o homem é verdadeiramente livre e quanto mais maduro for, mais livre será.
Liberdade não tem nada a ver com libertinagem, irresponsabilidade ou acomodação. Liberdade rima com maturidade, capacidade de fazer opções conscientes e ser responsável por elas.
Dissemos que opção fundamental quer dizer aquela escolha primeira que direcionará a nossa vida por este ou aquele caminho e que deverá subordinar todas as outras alternativas que aparecerão na trajetória da nossa existência. Que nossa vida deve estar de acordo com a opção que fizemos. Dissemos também que sou maduro quando sou capaz de decidir e verdadeiramente livre quando vivo de acordo com as minhas decisões morais.
Deus nos criou livres e conscientes. Por isso Deus sempre propõe e nunca impõe! O relacionamento que Ele deseja ter com a gente dá-se no horizonte da liberdade e no plano da consciência, até chegar ao nosso coração.
No shemá (= ouça, Israel!), já está contida a opção fundamental que devemos fazer por Deus, a qual vai moldar o nosso estilo de vida cristã e nos garantirá a posse da nossa plena realização humana e cristã: “Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Portanto, ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo seu entendimento e com toda a sua força”. E Jesus acrescenta: “E ame ao seu próximo como a si mesmo!” (Mc 12,28-34; Dt 6,4-5). Deus nos propõe uma aliança radical de amor por Ele (aliança vertical) e ao próximo (aliança horizontal)... Amá-lo com todo coração, alma, entendimento e força. E ao próximo como a si mesmo.
Aquele que faz a opção fundamental por Jesus está decidindo realmente que vai amá-lo acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. É uma opção radical e exclusiva para uma aliança de amor radical e exclusiva. “Vocês não sabem que amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo é inimigo de Deus” (Tg 4,4).
Aquele que opta por Jesus decide encaminhar toda a sua vida no rumo de Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6). Significa que vai seguir os seus passos e aprender com o seu exemplo de vida. É impossível você percorrer dois caminhos ao mesmo tempo. Ou vai pela esquerda ou pela direita, ou vai por aqui ou por acolá. Você não pode optar por Cristo e seguir o caminho de satanás. Isto seria uma incoerência terrível e desmiolada! “Quem diz que está com Deus deve comportar-se como Jesus se comportou” (1Jo 2,6).
A opção fundamental por Cristo é, por natureza, radical e exclusiva. Aquele que se faz discípulo de Jesus pertence única e exclusivamente a Jesus e só tem um caminho na vida: o próprio Jesus, o seu Evangelho e a sua Igreja. A imitação de Cristo vai plasmando uma vida nova na fé semelhante ao que o Apóstolo dizia: “Esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim!” (Gl 2,20)
O importante é optar por Cristo e segui-lo. Pode até levar topada ou queda. Pode até se cansar, sentar um pouco e depois continuar. Mas o importante é que, um passo após outro, a caminhada no seguimento de Cristo está sendo feita e levará infalivelmente ao Reino de Deus. Disso resulta que o importante não é só caminhar, mas caminhar no Caminho que é Cristo, caminhar seguindo os seus passos. Depois, mesmo que a pessoa caia ou tropece, Deus vê que ela está caminhando, que ela optou verdadeiramente por Cristo e isto será levado em conta.
Uma pessoa não chega ao céu ou ao inferno com apenas um passo. Vai depender do caminho que escolheu, da opção fundamental que fez durante a sua vida. Por exemplo: se a pessoa caminhou sempre no seguimento de Jesus e levar uma queda bem perto da morte, será que vai pro inferno? Tenho certeza de que o Pai das Misericórdias vai levar em conta mais a opção fundamental que fez e na qual deu passos durante toda a sua vida do que a fraqueza de última hora!
Da mesma forma, embora nunca devamos justificar os pecados, devemos sempre olhar mais a opção fundamental de uma pessoa do que este ou aquele passo tropo que tenha dado. Mas é claro: se eu insisto em sempre dar passos errados e até mesmo a me acostumar com o pecado, então, na verdade, já saí ou estou saindo da opção fundamental por Cristo e adentrando por outros caminhos... Posso dizer que fiz opção por Cristo, mas o modo como estou vivendo está demonstrando justamente o contrário.
Então, opção fundamental por Jesus não é só questão de intenção ou de palavra, mas algo bem concreto e real, que exige realmente passos concretos no seguimento de Jesus. “Não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e de verdade” (1Jo 3,18).
Jesus é o Caminho que conduz para a Verdade e a Vida... Optar por Ele significa optar realmente pela Verdade e pela Vida! Quando optamos por Cristo nossa vida passa a ser vivida na Verdade. “Quem me segue não anda nas trevas, mas possui a luz da vida!”

Ortodoxia

O discípulo de Jesus, imbuído de toda uma ortodoxia, ou seja, por uma correta doutrina da Igreja, renuncia as trevas, as ilusões e as mentiras e por isso não se deixa levar pelos erros e ignorâncias que cegam e deturpam a própria consciência.
O cristão, na luz da Verdade de Cristo, transcende as trevas das ideologias abortistas, a escravidão do mercado, consumismo desenfreado, secularismo, relativismo religioso das seitas, nova era, libertinagem sexual, modismos extravagantes, etc. “Todo aquele que avança e não permanece no ensinamento de Cristo não possui a Deus” (2Jo 9).
Na convivência com Cristo o discípulo passa a ter a mentalidade de Cristo, passa a enxergar com os olhos de Cristo. “É preciso que vocês se renovem pela transformação espiritual da inteligência, e se revistam do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade. Por isso, abandonem a mentira...” (Ef 4,24s)
“A Igreja do Deus vivo é a coluna e o sustentáculo da verdade!” (1Tim 3,14)
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará!” (Jo 8,32)
“Para mim, não há maior alegria do que saber que meus filhos vivem na verdade” (3Jo 4).

Ortopráxis

A opção fundamental por Jesus é uma opção pela Vida, porque Jesus mesmo é a Vida e veio para que tenhamos vida, e vida em abundância (Jo 10,10).
Como devemos viver de acordo com a opção que fizemos, temos o dever de renunciar tudo aquilo que se contrapõe ao projeto salvífico do Deus da Vida: os próprios pecados e fraquezas, as influências negativas do mundo, Satanás e suas obras.
Em outras palavras, o discípulo deve vencer os instintos ou práticas suicidas dos vícios e tudo mais que lhe empate de ser plenamente realizado na vocação que Deus lhe concedeu: cachaça, cigarro, drogas, idolatria de si mesmo, de outras pessoas ou de outras coisas, falta de zelo com o seu corpo físico e com a sua alma espiritual, preguiça nos estudos ou na profissão, traumas e feridas interiores, etc
Optar pela Vida implica renunciar o que se contrapõe a ela e ao mesmo tempo ter práticas que a acolham e a cultivem. A opção fundamental por Jesus exige uma ortopráxis, ou seja, uma maneira correta de praticar a vida ou práticas corretas que nos ajudem a viver a verdadeira vida de um filho de Deus. Um vida virtuosa com dignidade, paz, alegria, amor e liberdade!

Vemos, pois que a opção fundamental por Jesus não é algo romântico ou só intencional. Para ser verdadeira, tal opção mexe com as nossas escolhas e com as nossas práticas. Tal opção mexe com a nossa vida e exige uma renúncia de tudo aquilo que nos impeça de seguir os passos de Jesus, ou de viver na sua verdade ou de ter a bênção da vida nova em abundância.
Nosso modo de viver, nossos passos, nossas idéias e nossas práticas devem estar de acordo com a opção fundamental que fizemos por Jesus, Caminho-Verdade-Vida. Não podemos ser incoerentes com a opção que fizemos.

Cinco exigências

A opção fundamental por Jesus, que é uma decisão de amor radical, exige assumir a cruz, com essas cinco exigências fundamentais:

A – Dar preferência mais a Jesus do que aos próprios familiares (Lc 14,25-26);

B – Ser livre da idolatria do dinheiro (Lc 14,33), pois ninguém pode servir a dois senhores. Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro;

C – Renunciar a si mesmo e cumprir com fidelidade a missão designada por Deus (Lc 9,23);

D – Não se envergonhar de Cristo diante dos homens (Lc 9,26);

E – Não ficar olhando para trás, pois “quem põe a mão no arado e olha para trás não é digno do Reino de Deus”. São Paulo dizia: “Por causa de Cristo, tudo o que eu considerava como lucro, agora considero como perda. Esqueço-me do que fica para trás e avanço para o que está na frente. Lanço-me em direção à meta, em vista do prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristo” (Fil 3,7.13s).

A opção fundamental por Jesus nos coloca no caminho da cruz, que é o único que conduz verdadeiramente para a ressurreição. Mas, cuidado: “Há muitos que são inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição; o deus deles é o ventre, sua glória está no que é vergonhoso, e seus pensamentos em coisas da terra” (Fil 3,18s). "A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem. Mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus" (1Cor 1,18).
Não podemos ser sectários daquele cristianismo caldo-de-bila, que usa o nome de Jesus em vão mas não se compromete verdadeiramente com a causa do Reino de Deus! A cruz que carregamos no peito tem todo este significado. Ela manifesta publicamente nossa opção fundamental de seguir Jesus dentro do DJC. Embora não seja de uso obrigatório, o seu significado sempre deve ser lembrado no nosso coração.

Coragem, vem ser cristão!


05 – Oração

Escutamos verdades que a nossa razão pode perceber, mas não pode compreender totalmente. Mas o Espírito Santo que nos acompanha no seguimento de Jesus, é Ele quem nos dá o entendimento interior e nos concede a Graça de não só fazer esta importante opção por Jesus, mas também de perseverar e de viver de acordo com a mesma. 

Por isso, peçamos a Graça do discernimento e a coragem para fazer nossa Opção Fundamental por Jesus e continuar seguindo os seus passos dentro da Fraternidade Cristã, sendo acompanhados pela Obra DJC. Ainda não é o momento de celebrar a opção fundamental, mas de pedir o discernimento e a coragem necessária para fazê-la...
Pai Nosso... Ave Maria...
São Paulo Apóstolo, rogai por nós!

06 – Caminhada Discipular
Minha pertença à Fraternidade Cristã (ou Ministério) do DJC exige, antes de tudo, esta opção fundamental por Jesus, seu Evangelho e sua Igreja. Tal opção é o verdadeiro começo de toda uma caminhada discipular que irá moldar meu jeito de ser e o meu modo de existir. É impossível ser Discípulo sem uma clara opção por Jesus Caminho-Verdade-Vida, para viver aquela radical aliança de amor com todo nosso coração, alma, entendimento e força...
Após ter feito o Reavivamento no Espírito Santo e o Temário da Irmanação, agora você é convidado a celebrar a sua Opção Fundamental por Jesus, com o compromisso de continuar seguindo os seus passos dentro da Fraternidade Cristã.
O que se espera de um discípulo que decidiu seguir Jesus dentro da Fraternidade Cristã do DJC:
- Identificação com a vocação e missão do DJC: ser e fazer discípulos.
- Caminhar rumo à santidade no Caminho que conduz para a Verdade e a Vida: JESUS CRISTO.
- Estar consciente de que toda a sua caminhada discipular será acompanhada e orientada pela Obra DJC através dos Discipuladores, conforme o Método de Evangelização e Acompanhamento de Discípulos (MEAD).
- Prontidão em participar dos encontros da Fraternidade Cristã, Siloé e demais eventos do DJC.
- Contribuição Fiel. A Obra DJC deve ser mantida por todos que nela caminham para continuar evangelizando e formando discípulos.
- Ser discípulo de Jesus e sempre ajudar a fazer novos discípulos como puder, com quem estiver e aonde estiver. Testemunhando, intercedendo, convidando, ajudando, vestindo a camisa, incentivando, etc

(A folha da Celebração da Opção Fundamental dos Discípulos de Jesus encontra-se logo a seguir. Favor conferir para ficar por dentro do conteúdo.)

Dadas as considerações, você deseja continuar sendo um discípulo de Jesus na Fraternidade Cristã? Caso sua resposta seja um SIM, faça a sua opção conforme o rito indicado na folha e repasse-a para o seu Discipulador.
Caso sua resposta seja um Não, continuaremos sendo irmãos. Você continuará sendo sempre bem-vindo no Siloé, nos encontros abertos do Discipulado Específico (quartas semanas) e nos demais eventos do DJC. Porém, por questão de organização e acompanhamento, você não poderá ficar participando dos encontros fechados da Fraternidade Cristã. De todo coração, desejamos que a sua resposta seja um SIM. Mas como se trata realmente de uma opção por Jesus, e também uma opção em caminhar dentro da Fraternidade Cristã, então temos que esperar e respeitar a sua decisão, seja ela qual for.
O próprio Jesus, que conhecia o homem mais do que ele mesmo, na sua divina pedagogia fazia questão de escutar da boca dos seus discípulos uma clara opção por Ele e pelo Reino de Deus. Uma vez que estamos formando discípulos dele, e não nossos, então devemos incentivar a mesma coisa que ele fez, para que desta forma aqueles que são da Fraternidade Cristã, caminhem livres e conscientes como Discípulos de Jesus. Isto é ético, evangélico, educativo e edificante.
Para você aprofundar ainda mais o que seja a opção fundamental, propomos que estude em casa o texto a seguir:   

Aprofundamento sobre a opção fundamental

Antes de ser empregada nas múltiplas escolhas pequenas e comuns de cada dia, a opção humana afunda suas raízes nas camadas mais profundas do ser. O homem tem que decidir sobre o sentido último e definitivo que quer dar à sua vida, em função da qual nascerá um determinado estilo de conduta. É o que se costuma chamar de “opção fundamental”: aquele valor, ideologia ou pessoa que, considerado o mais absoluto e importante de tudo, converte-se em ponto de referência básico para as outras decisões. Sobretudo quando se apresentam possibilidades contraditórias, é impossível escolher se não houver uma intenção mais radical que motive e justifique por que aceitamos umas e rejeitamos outras.

O ser racional busca algo, além de suas reações e formas de comportamento, que constitui a meta e o ideal em cuja direção se orienta. Assim, dispõe-se a realizar tudo aquilo que ajuda e serve a essa finalidade, ao passo que sacrifica
conscientemente tudo aquilo que a obstaculiza ou impede, embora lhe agrade por
outros motivos, consciente da necessidade desse sacrifício para conseguir o que quer. A entrega a uma causa implica em um compromisso custoso, que exige necessariamente muitas renúncias. Comprometer-se seriamente significa precisamente desligar-se de outros compromissos menores ou ataduras para poder se entregar à busca de outra tarefa mais importante. Trata-se sem dúvida de um risco, que muitas vezes faz que abandonemos o interesse imediato e as ilusões presentes em nome de um porvir que ainda está muito distante e incerto. Essa falta de segurança em relação ao futuro, que só pode ser superada com uma esperança convicta e idealizada, motiva o medo instintivo que tão frequentemente se constata hoje quando é preciso optar por um compromisso permanente na vida.

O caráter utilitário e provisório de uma sociedade de consumo teve suas ressonâncias nesse terreno. Acontece que, para renunciar a essas liberdades minúsculas, é preciso ter conquistado essa outra liberdade fundamental, que possibilita dar uma determinada orientação à vida. De acordo com o que já dissemos em capítulo anterior, a opção decisiva no campo da ética nasceria ao nos defrontarmos com esta questão: queremos viver como homens? Ou seja, buscamos nossa plena auto-realização como pessoas? Tentamos responder às exigências autênticas de nossa vocação humana? É evidente que, de acordo com a resposta, a conduta posterior será bem diferente, em todas as suas manifestações. Mesmo que depois isso não seja vivido com perfeita coerência, fica sempre um dinamismo interior que orienta para o verdadeiro caminho e convida a superar as fraquezas e equívocos.

No âmbito religioso, essa opção se realiza por meio da fé. A fenomelogia do amor nos revela que, dentre todas as pessoas para as quais se dirige nosso afeto e com as quais mantemos relações de amizade, sempre há uma que valorizamos acima das outras. Assim, se qualquer outra pessoa chega a ameaçar esse amor, não resta alternativa: é preciso manter a fidelidade a quem descobrimos como valor supremo. A experiência da vida conjugal, quando o amor se torna total, único e exclusivo, é uma confirmação desse fato. Já não existe no mundo ninguém que possa se amar desse modo. Assim, qualquer outro amor terá sempre um caráter condicional, tendo que respeitar e não destruir o amor que se vivencia como o mais importante. Nesse sentido, Deus é o único amor absolutamente incondicional, já que a entrega a ele se coloca acima de qualquer outra realidade. Para o crente verdadeiro, não existe nenhum outro valor que, comparado com aquele que se manifesta em sua vivência religiosa, alcance o mesmo grau de compromisso. Trata-se do mandamento definitivo, que mantém para sempre a sua vigência: “Amarás a Yahweh teu Deus com todo o teu coração, com toda a atua alma e com toda a tua força” (Dt 6,5).

A Bíblia explicita claramente essa possibilidade de o homem aceitar a aliança que Deus lhe oferece ou fechar-se ao seu chamado. Pode-se afirmar com razão que essa liberdade constitui um postulado irrenunciável de toda a teologia, caso contrário cairiam por terra os ensinamentos mais fundamentais da revelação. Se Deus oferece uma aliança e chama a uma conversão radical é porque essa opção revela-se possível, do mesmo modo como denuncia e condena os que se fizeram surdos e cegos a tal chamado. (...)

É impossível a existência de duas opções fundamentais simultâneas e contraditórias. Embora os homens tratem muito de arranjar componendas, a alternativa de Cristo é taxativa: “Não podeis ser a Deus e ao dinheiro”(Mt 6,24), pois antes de tudo temos que ver a que “senhor”(Lc 16,13) queremos verdadeiramente nos entregar. Muitas vezes, acontece que não nos interessa conhecer a realidade de nossa opção e então procuramos dissimula-la com a falsa ilusão de que buscamos esse valor mais importante. (...) Certas práticas religiosas e bons sentimentos podem ocultar um distanciamento, fazendo crer que se ama a Deus acima de tudo quando na realidade se tem outros interesses mais fundamentais. Se Deus está em primeiro lugar, então a atitude do homem diante dos valores éticos tem que ser positiva; e, além disso, o homem deve manifestá-la nos atos concretos, de acordo com as obrigações morais. (...)

Desde que a opção tenha sido feita a sério e de modo adulto, também se torna psicologicamente impossível uma mudança contínua e freqüente. Na revelação, Deus quis se valer do amor conjugal como símbolo das relações mútuas que deseja manter com os homens. Ora, quando existe esse amor profundo ou uma relação de autêntica amizade, pode-se conseguir, pelo menos uma certa permanência estável, que impede um ritmo freqüente de pecado-conversão. Os únicos que brigam e fazem as pazes constantemente são as crianças ou as pessoas sem o mínimo de maturidade psicológica. Santo Tomás tem um texto formidável para não sentirmos falta de uma colocação da mais pura teologia clássica: “Embora por um pecado mortal se perca a graça, no entanto, a graça não se perde facilmente, pois não é fácil àquele que a possui realizar esse ato, pela opção contrária que tem” (De Veritate, 27,1-9).

Eduardo López Aspitarte
Práxis Cristã - moral fundamental
Edições Paulinas

07 – Avisos / Despedida

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Veja como é a folha da Celebração da Opção Fundamental do Discípulo de Jesus
Zuleide tem as cópias.




Discipulado de Jesus Cristo
DJC Fortaleza
Assistência Local de Desenvolvimento Integral

Celebração da Opção Fundamental do Discípulo de Jesus

Parênese (Col 2,6-15; João 15)

Opção Fundamental:
Eu,/ __________________________________________________________________________,/
na graça do Espírito Santo/ e para a glória de Deus Pai,/ livre e consciente,/ FAÇO A MINHA OPÇÃO FUNDAMENTAL POR JESUS CRISTO./ Tendo sido escolhido por Ele,/ quero viver sempre unido ao meu Mestre,/ Senhor/ e Salvador/ e permanecer no seu amor/ pela prática obediente/ dos seus mandamentos,/ para que a sua alegria esteja sempre em mim/ e a minha alegria seja completa./ Desta forma,/  enraizado em Jesus/ e apoiado na fé católica,/ sempre transbordando em ação de graças,/ quero desenvolver/ integralmente/ a minha vida cristã-batismal,/ seguindo o único Caminho/ que conduz/ para a Verdade e a Vida./ Prometo que vou dar passos concretos/ na minha Caminhada Discipular/ rumo à santidade/ com ascese e disciplina,/ acolhendo as orientações do meu Discipulador,/ e sempre conforme/ o Método de Evangelização/ e Acompanhamento/ do Discipulado de Jesus Cristo./ Peço a intercessão dos irmãos de caminhada,/ de Santa Maria de Nazaré,/ do Apóstolo Paulo/ e de todos os Anjos e Santos do Céu/ para Deus ter misericórdia de mim/ e me ajudar a ser fiel/ a esta opção fundamental por Jesus/ em todas as dimensões/ e áreas da minha vida,/ pois sem a Graça Divina/ não podemos fazer nada de bom./ Amém!   

________________________________, ____ de ________________________ de ________________.

_____________________________________________________________
Assinatura do Discípulo de Jesus


_____________________________________________________________
Responsável pelo Organismo do DJC

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Espaço preenchido somente pela Assistente do Desenvolvimento Integral, por ordem de chegada:

Registro no livro dos Discípulos do DJC Fortaleza                              (Registro único em todo DJC Nº ________________ )

Nome completo do Discípulo: _____________________________________________________________________________

(M   ) (F   )    Nascimento: _____/ ____/ ____________      Telefones: _____________________________________________

E-mail: _______________________________________________________________________________________________

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Assistente Local do Desenvolvimento Integral (____/ ____/ ________ )

(Observação: esta folha ficará arquivada na Secretaria do DJC Fortaleza, armário da Assistência do Desenvolvimento Integral)



Atualização 18/07/13 08:00h